quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Diário da artista - Sem internet, não é um bom sinal!

Férias em família. E quem não tem uma boa historia pra contar?

Comigo não é diferente, que dizer de um ano novo perturbador por que não tem internet.

Pensa em uma pessoa com 67 anos que descobriu (algumas) maravilhas a partir do uso da internet. Pensou?
Agora pensa em um ser exagerado, querendo fazer uso daquilo que ainda está aprendendo a explorar. 
É confusão certa.

Foi quase um pesadelo passar o ano novo sem nenhum sinal de internet. Sou assumidamente ratinha de internet por vários motivos. E como se não bastasse tinha o meu pai, que conseguiu deixar a situação ainda mais complicada.

Assim que ele percebeu que a internet não estava funcionando fez o maior “barulho”.

Como assim não tem internet?

Foi um festival de resmungos, listou vários problemas de não ter a tal navegação:
Como desejaria Feliz ano novo para a família? E como veria o saldo do banco?  
E se alguém mandasse um e-mail?

Tentei tranquiliza-lo. Disse que estávamos de férias, e seria "bom" pra tentar se desligar um pouco.

Mas a quem eu queria enganar? :P

Aquilo parecia o próprio inferno! kkkkk

Ele rebateu meus argumentos na hora. 

- Não brinca comigo. Eu ia mesmo colocar minhas leituras em dia, eu to de férias pra fazer isso. Quero conversar com seu tio e sua tia... Eu não vou postar nem ver nenhuma foto dos meus netos no facebook? Isso é o fim do mundo. E também não vamos saber de nenhuma noticia de política, futebol ou qualquer outra coisa. 

Estávamos numa ilha deserta. Eramos uma galera, um Náufrago coletivo de noticiários, informações e notificações.

Lógico que todos da casa estavam na mesma pegada que ele. “Todos loucos por um sinal” 
Inclusive eu, que nem postei o que planejei sobre o ano novo... :(

Mas ele superava qualquer um, andava  de um lado para o outro com os braços pra cima em busca de um sinal para o celular, já que no notebook era impossível.

Para piorar, o sinal do 3g estava péssimo, sem funcionar em lugar nenhum.

A aflição de não ter internet não deixava espaço para o cérebro pensar em fazer outras coisas. A busca era por um sinal em algum canto da casa, para fazer funcionar pelo menos o whatsApp, mas era difícil, e quando acontecia era uma festa. 

O Papito ficou ainda mais impaciente durante a semana seguinte. Sim, por um milagre ele ficou uma semana inteira sem a tal rede, mas não foi tranquilo, eram reclamações a mil.

Assim que pisei na casa na sexta-feira, recebi um novo relatório dos prejuízos causados pela falta de internet.
 Ele falou das promessas da empresa em consertar.
 Ligou na ouvidoria, e encheu os ouvidos do atendente sobre as questões que assolam o país, o descaso com os clientes que pagam as suas contas, lamentou por sofrer sendo um trabalhador, e blá blá blá...

Também disse que os seus amigos do Facebook iriam desfazer a amizade, pelo Feliz Ano Novo não dito!

Foi um longa metragem de muito dramalhão digno de novela mexicana. Puro exagero.

Percebi como a internet não é mais um acessório, ela é a própria pessoa e as suas necessidades, como se não existissem outras formas de fazer as coisas. E se não temos o sinal wi-fi espera-se, no mínimo, que a rede móvel atenda as necessidades dos usuários da rede universal de comunicação.

 É uma loucura!

Diversão, informação, comunicação está tudo ligado à internet, desde os mais pequeninos aos mais velhos, estão todos "infectados" pelos benefícios e facilitadores que a rede proporciona.
 Não parei para pensar até que ponto isto é bom ou ruim, só sei que foi péssimo me sentir dependente, sem opções, mesmo sabendo que elas existem.  

Depois de tantas reclamações, e já conformado com a desistência de continuar a passar as férias por lá, meu pai se organizou para voltar para casa.

Enfim voltaria a civilização com rede digital. 

Minutos antes de sair, alguém da casa resolveu testar o sinal.
E advinha! 
:) :) : )  * Estava funcionando. * :) :) :)

A comemoração foi como um gol do Brasil em final de Copa do Mundo. :P

Eu não sabia se ria ou se chorava, tinha certeza que se ele resolvesse abrir o notebook seria pelo menos mais duas horas antes de sair de lá, e pegar a estrada. ;(

Mas pensa se dá pra brigar. Olhem o sorriso das crianças! kkkkk




Para hoje: Internet, mais amada que você não tem! 





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