Li um artigo sobre construção de personagens que esta me intrigando a cada dia, pois pensei:
" Como vou fazer isso!"
Eu levo a sério este tipo de situação, preciso a todo momento reinventar o meu modo de escrever, tenho muito medo de me "viciar" em uma escrita confortável, e não evoluir. Temas eu repito, mas o jeito de escrever e a percepção precisam ser um diferencial, assim penso eu.
O artigo a qual me refiro é do escritor Chuck Palahniunk, suas dicas são diretas, e o pior ( ou melhor), tudo o que ele diz no artigo faz muito sentido, vou postar o link no final do texto para quem quiser conhecer as ideias, e anotar as dicas e exemplos.
Mas ao avaliar os meus textos à partir disso, notei que algumas coisas eu pratico, mesmo de modo inconsciente, porém sei que produzir algo de forma consciente é mais produtivo, além de passar segurança para o leitor e o escritor, e isto é muito bom. Mas o que me intriga é a parte que eu não pratico tanto, aí esta o problema.
No artigo o escritor nos instiga quanto a criação do personagem, a sua dica é sobre descrever os sentimentos, e não apenas entregar a ideia pronta ao leitor. Isto é sensacional! No entanto não tem como direcionar algo muito complexo à qualquer leitor, não que esteja considerando o leitor "burro" Não mesmo! :P
É que a maioria dos leitores estão acostumados com leituras assim, em que as sensações são descritas com ações diretas, e não a partir das próprias percepções diante do personagem, isto é novidade até para aqueles que leem muito, e por isso é muuuuuuito interessante, e é exatamente por este motivo que faço questão de incluir isto em meus textos.
O grande desafio é introduzir de forma natural, encontrar um equilíbrio no texto para acontecer gradativamente, assim possibilita ao leitor entender no decorrer da leitura o pensamento do personagem sem a escrita dizer isso de forma clara.
Não será maravilhoso se eu conseguir!?
Já iniciei os primeiros testes... E dá muito trabalho, mas o resultado é lindo. Vou dividir um pequeno trecho que criei, a partir do personagem principal da minha obra em construção.
Ficou assim...
Ficou assim...
" ...Seus olhos dilatados e secos, junto a boca calada e o peito febril. Nenhuma vontade de antes do fato se despertava, não havia sentido algum, e a morte lhe parecia inofensiva. Não existiam lágrimas, não mais, lhe parecia um forte soco no estomago com intervalo de poucos segundos, que eram o suficiente apenas para respirar (...)"
Este é um pequeno trecho, apenas um teste, eu gostei de escrever, espero que tenha sido possível entender do que esta sendo falado. Estou ansiosa!
Agora é estudar o modo de introduzir a técnica na obra, espero que fique bom. ;)
Para hoje: Meus olhos estão atentos, meu sorriso ora vem mais bonito, e mesmo diante de qualquer sensação desconhecida acreditarei.
Texto: Grazy Nazario.
Link do artigo mencionado abaixo.
http://www.oxfordcomma.com.br/2015/08/conselhos-de-chuck-palahniuk/